19 de jun. de 2011

Quem disse que notícia velha só serve para fundo de gaiola?

Em meio a muitas confusões, minha ghost writer tirou férias. Tentei me expressar de formas alternativas mas blog pede texto e eu acabei acumulando muitas coisas para contar. Afinal, foi quase meio ano sem escrever aqui. No meu caso, isso é meia-vida. Vou tentar resumir o que vem acontecendo na minha emocionante vida.



Primeira velha novidade: o carnaval
Eu me lembro vagamente de ter pulado na barriga da Mamãe. Ouvia um batuque, sentia tudo tremer e uma injeção de felicidade. O coração dela batia tão forte que eu cheguei a acreditar que estava no meio de uma bateria. Mas até então Carvanal era só isso.
Esse ano foi diferente. Antes mesmo do Carnaval chegar, fui com os meus pais para bloquinhos bem legais. Adorei me vestir de palhaço mas não curti as tentativas de me pintarem e colocarem chapéus. Curto uma coisa mais livre, sabe? Pular livremente, quase nu. Tipo meu vô.
Fomos em vários blocos. Amei os de perto de casa. Ganhei até beijo na boca. É bom.

O Gigantes foi demais. Cheio de gente fantasiada.


Mas fiquei mesmo foi com vontade de ir ao Bola Preta. Foi lá que eu fui na barriga. E esse ano todo mundo lá em casa ficou cantando o tal "quem não chora não mama". Minha mãe não deixou eu ir mesmo assim. Mas prometeu que ano que vem eu vou, nem que seja para ver tudo de longe junto com meu Vô Boli, o professor da folia.












25 de fev. de 2011

Sobre a saudade

Mal o ano começou e eu já tive que aprender uma coisa nova.
Foi tão bom a Dani, a Ana e a Tia Céu na minha casa. Teve risada, bola de cuspe, música, cereja, beijinhos sem fim.

De repente acabou. Um monte de coisa na mala e elas sumiram.
Queria mais.

É isso que é saudade?

7 de jan. de 2011

O mundo tem 24 reveillons

Meu pai catou laranjas na cozinha para me explicar uma coisa louca chamada fuso horário. Nunca imaginei que os bebês japoneses estivesse indo dormir justo na hora em que eu acordo. Vivendo e aprendendo.
Isso tudo é ótimo porque, mesmo sendo muito pequeno para ver os fogos em Copacabana, pude curtir o reveillon com minha família. Decidimos celebrar o reveillon de Paris que acontece 3 horas antes do carioca. E não é que ficou chique?
Tentei falar oui. Acho que meus pais não entendem francês.

Aprendi também sobre Iemanjá. E como seguro morreu de velho, decidi fazer minhas oferendas junto com a mamãe.

Teve que ser na minha piscina...Será que Iemanjá entende?
Depois teve uma parte estranha quando eu fui pular as ondinhas. Mas sou neto de botafoguense e costumo respeitar as supertições. E olha que eu nunca tinha entrado na piscina tão tarde.

Mas bom mesmo foi um presente que eu ganhei no Natal: a Céu, a Ana e a Dani. De manhã, de tarde e de noite, a gente se diverte e eu ganho chamegos. Com certeza, a noite foi mais gostosa por causa delas.

Dindo Bob também foi mas alguém tinha que tirar as fotos e, por isso, ele não apareceu aqui.
Sabe que eu gostei desse negócio de reveillon?! Contaram ao contrário de dez para zero, levantaram as taças e todos se abraçaram. Quero mais um! Já consigo até levantar minha mamadeira e gritar. Estou treinando para falar tim-tim.
Essa família é tão maluquinha que às vezes até eu me choco. Mas gosto.

31 de dez. de 2010

2010 - Uma vida em um ano

Mamãe lavou meu body branco para o reveillon. Vô Boli acha que é um dia como outro qualquer. Já minha mãe falou que pode ser uma boa chance para fazermos planos, festas e retrospectivas. Minha vida inteira foi em 2010: um ano intenso de muitos cabelos, penteados e emoções. Aproveitando a data redonda, selecionei os 10 fatos marcantes:



1 - Nascer: Vocês não podem imaginar que loucura é nascer.Até então, eu até achava que o mundo era assim: um lugar molhado, quentinho e meio barulhento (principalmente quando a mamãe encontrava a dinda Déa) onde eu poderia passar a eternidade comendo meu dedão do pé. Não esperava mais nada muito novo quando, de repente, sem me avisarem, abriram uma portinha e me puxaram. Rapaz, uma luz danada de forte apareceu! Fiquei ceguetinha! Meu pai gritava "Casaca, casaca", um japonês gritava "Foooogo" e mamãe "MEEEEEENGO". Só que todo mundo chorava. Aí chorei também, né?! Povo doido...E veio o segundo fato.

2 - Mamar: Não foi fácil. Eu e mamãe unimos força e paciência para que esse encontro pudesse acontecer. Muitas idas e vindas, muitas tentativas. Mas devo confessar que está entre as coisas boas dessa vida. E ainda rola um chamego com a mamãe. Cheguei até a tentar outros peitos mas senti que as minhas tias ficam meio sem graça.
3 – Ajustes na saída. Como tudo que entra tem que sair, aprender a digerir foi uma grande conquista. Quando tudo funciona bem nessa área, a pele e o humor ficam ótimos. Meus problemas não foram grandes nessa área mas meu pai contou que existe toda uma linha na indústria de alimentos para apoiar as pessoas com questões como essa. Espero não precisar.
4 – Viajar: Coisa louca! Entra-se num carro e mora-se uns dias em outra casa. Mas é bom! Tia Sheila ama e um dia vou à Islândia com ela. Parece que terei que levar muitos casacos.
5 – Sentar: Eu acreditava que a coisa mais linda do mundo era o ventilador de teto. Mas a vida anda e a gente muda porque eu consegui sentar e um novo mundo se abriu para mim. Ventilador é bonito sim mas o mundo visto de frente é cheio de surpresas.
6 – Falar: Venho tentando. Por enquanto, meu repertório é nhém-nhém, pá-pá, uô-uô, mã (cada vez mais raro), algumas tentativas de consoantes...Esse negócio não é tão fácil mas pretendo aprender com as Tias Lulus que são verdadeiras craques nessa área.
7 – Comer: Coisa de louco! Preferências: banana, água de côco, inhame. Mas dizem que, se temperarem direitinho, como um prato de brita numa boa. Não sei o que é brita. Será que é bom?
8 – Conhecer o mar: Fui 3 vezes. Ainda não consegui olhar tudo. Da última vez, dinda Bela e mamãe cantaram Visgo comigo bem pertinho do mar. Tenho medo, me agarro todo nos meus pais. Mas acho lindo. E venho tentando muito pegar o morro Dois Irmãos. É difícil.

9 – Amar e ser amado: melhor coisa de estar fora da barriga. Antes já era bom porque sentia o amor da minha mãe e do meu pai mas descobri uma avalanche de amor quando saí de lá. Conheci o significado de palavras novas como amigos e família e descobri que isso é melhor que mar+inhame+ventilador. Venho aprendendo a beijar e abraçar. Acho uma delícia. Queridos tios, avós e amigos, às vezes sinto que perco a noção da força mas peço que me ajudem a equilibrar essa vontade danada que tenho de chamegar. Letycia, Sofia e Luíza, me desculpem os excessos.
10 – Dentes: Quando eu achava que a vida era só felicidade, apareceram os dentes. Sei que serão úteis mas, por enquanto, só posso dizer uma coisa: admiro esse cara abaixo. Dente dói.
Feliz 2011

18 de dez. de 2010

O hábito é o pai da tradição

Eu ainda era um bebê e comecei a acompanhar os meus pais nas saidinhas de sábado pela manhã. Eu tinha 4 meses e já tinha ficado careca quando fomos ao Columbia. Eu observei bem o movimento enquanto os meus pais tomavam um choppinho e comiam um galeto. Olha, nessa época ainda nem sonhava comer uma maçã ou uma carninha mas o cheiro do galeto já me pareceu maravilhoso.
Sobre chopp, o que eu tenho a dizer é que é um líquido muito bonito. Mamãe prefere os escuros. Papai gosta dos dourados. Acho engraçado porque eles tomam um primeiro gole devagar e dizem "hummmmm, geladinho". Deve ser bom. Por enquanto, prefiro leite. Até porque, quando eu tentei pegar a tulipa, mamãe foi firme "bisneto do Vô Barbosa e neto do vô Boli não pode brincar com bebida." Mais uma vez, fiquei sem entender a brincadeira.


 No mês seguinte, já com um pouco mais de cabelo, eu conheci um lugar que eu adoro - o Salete. Ele é tão velho que nasceu muito antes dos meus pais!
Para mim, já é tradição: aos sábados, depois de muita brincadeira na pracinha, a gente vai ao Salete. Meus pais preferem chopp e empadinha (dizem que é um clássico). Já eu fico com um suco de frutas ou um purê de maçã. Cheguei até a pensar em dar um toque no garçom para eles incluírem no cardápio.

De tanto ir lá, os garçons já estão mais simpáticos comigo. Também venho conversando com uns colegas mais velhos, gente bacana de cabelos de algodão e sorriso fácil.
E, mesmo com apenas 8 meses e com muita curiosidade pelo novo, já posso dizer: às vezes é melhor ficar com os clássicos.

2 de nov. de 2010

E não é que Saturno voltou rapidinho?

Depois de uma longa explicação da Dinda Bela sobre esse tão falado retorno de saturno, começo a desconfiar que esses últimos dois meses podem se tratar do meu retorninho. Não sou mais o mesmo bebê. Entre meus 5 e 6 meses, aconteceu tanta coisa que eu até fiquei sem escrever aqui.

Afinal, vocês conhecem o ditado: muita coisa para viver, pouco tempo para escrever. (Na verdade, acabei de inventar isso mas até que faz sentido, né?!).
Foram semanas de muitas novidades e pouco a pouco vou atualizar os meus registros mas só para eu não me esquecer de nada e vocês terem uma noção da intensidade desse período, segue um resumão:


- Fui promovido. Passei de Cebolinha a Franjinha. Passei a ter mais do que 5 fios de cabelo.

- Nasceram dois dentes numa mesma noite. Segundo meu vô Boli, são o El Loco e o Herrera (mamãe não gostou desses nomes.)Uma madrugada sofrida e duas serrinhas transformaram meu sorriso. Senti um certo efeito com as garotas, principalmente as mais velhas. Valeu.

- Viajei de ônibus (um carro enorme e cheio de gente) para a casa da minha Vó Cel. Viajei duas vezes nessas poucas semanas.

- Estou sentando. Vocês não têm noção do quão diferente o mundo fica depois que a gente deixa de vê-lo sempre deitado. E eu que achava o ventilador de teto a maior invenção da humanidade! Estou descobrindo coisas lindas como, por exemplo, canecas e janelas.

- Comecei a nadar. Falo sobre isso depois mas já adianto que com muita concentração pretendo em breve saber escorregar e brincar com o macarrão tão bem quanto a Sofia, minha nova colega (ou quem sabe algo mais).

- Finalmente, uma revolução aconteceu. Sempre achei que leite era a melhor coisa do mundo. Conheci frutas. Conheci papinhas. Foi demais. Preciso escrever um dia apenas sobre isso. Acho que escreveria um blog apenas sobre isso. Dinda Déa sempre esteve certa: comer é bom demais.

Blog do Bonequinho ou Emanuel Kogut




Meus pais pagam o Discovery Kids e ficam super entusiasmados quando eu assisto Backyardigans e Sid, o cientista (O bonequinho aplaude sentado). Sem dúvida, são programas legais, coloridos e com histórias divertidas.

Mas não sei como dizer para eles que eu adoro mesmo é assistir aquelas letrinhas brancas que sobem bem depressa sempre que acaba um programa. Ouvi dizer que são chamados de créditos. (O bonequinho aplaude de pé).
E nada nada nada na TV me apaixona tanto quanto a abertura do Ti-ti-ti. Tesouras, fitas, cores, música: O bonequinho presta toda a atenção do mundo, canta junto e dá gritinhos.

Assisto com muita concentração e ainda fico esperando para ver tia Cris Rebelo.
Fica a pergunta: Será que eles deveriam cancelar a Net?

7 de out. de 2010

Eu, um homem de poucas palavras


Não é todo mundo que se expressa bem escrevendo e falando. É fato! Para algumas pessoas escrever umas poucas linhas pode ser uma verdadeira tortura. Não é o meu caso. Desde muito jovem, percebi que minhas idéias fluíam na hora de escrever. Vocês não imaginam como eu sentia falta de uma caneta ou um teclado na barriga da minha mãe. Acabei tendo que recorrer ao código morse. Só era um pouco frustrante quando eu me esforçava para me expressar através dos tapinhas na barriga e ouvia algum mané falando "Ih! Está chutando! Vai ser jogador de futebol” Piadinha antiga essa, hein?!
Depois eu arrumei esse espacinho aqui no blog para divulgar minhas idéias e tudo vinha dando muito certo até eu perceber uma certa ansiedade das pessoas em me ouvir. Às vezes eu estava só bocejando e o papai comemorava “Acho que falou DÁ!”. Ou então eu arrotava e minha vó gritava lá de dentro “Que que esse menino está falando?”. Poxa, será que não seria melhor a gente só falar quando tivesse algo interessante a dizer?
Mas vendo todo mundo tão feliz eu decidir tentar. O fato é que, no meu caso, falar em público não é tão fácil quanto escrever. Mas estou me esforçando para vencer minha timidez. Cheguei a pensar em fazer teatro.
Quando fiz quatro meses decidi que era hora de me abrir mais. De repente, comecei a falar mã mã mã. Vocês não imaginam o sucesso! Minha mãe enlouqueceu e me beijou muito. Valeu a pena. Papai também sorriu. Mas senti algo estranho no ar, um sorriso meio torto. No dia seguinte, mamãe me explicou sobre esse tal de ciúme e passou o dia falando na minha cabeça pá pá pá pá pá pá pá pá pá mil vezes . Caramba! Ela é insistente.
Decidi ousar mais um pouco, me esforcei, olhei bem para ela e falei “pá-mã”. Ela riu e depois contou para todo mundo que eu devia ter tido dificuldade, que eu misturei os fonemas...Tadinha, não entendeu nada. Meu pai é mais que pai. Meu pai é um pámãe!

P.S.: Depois descobri que outras pessoas já tiveram esse tipo de ideia http://www.youtube.com/watch?v=tm3KY1iwLWk

11 de set. de 2010

Domingo à tarde:Um pequeno passo para a humanidade, um grande passo para um homem


Coisa chata é ir para um lugar despreparado. Já imaginou você de terno numa festa à fantasia? Pois é, depois de molhar minha sunga pela manhã, meus pais decidiram ir à praia no fim da tarde do domingo passado. Conclusão: fui eu de roupinha para um lugar onde todas as pessoas estariam de roupa de banho. Já saí de casa chateado. Dormi durante todo o caminho e, logo que chegamos, o sol foi direto no meu olho e me acordou. Eu já estava no calçadão onde um monte de gente passava de bicicleta, patins, skate, mil carrinhos, velhinhos, crianças, barulho, ufa! Já não estava entendendo nada quando, de repente, Tia Naila (que é uma gata!) se aproximou de mim com óculos gigantes e um chapelão. Tentei segurar mas tudo aquilo foi me deixando com medo e eu só queria o colinho da minha mãe. Chorei um pouco. Continuei olhando tudo ao redor e, além de muita gente, vi muita areia! Nunca tinha visto tanta areia em minha vida! Daria para encher vááááárias pracinhas. Minha mãe me levou também para ver o tal do mar que ela ama! Ela disse que lá é o local que ela mais ama no mundo mas te confesso que achei grande demais. Nem dei conta de olhar.

Por enquanto, ainda prefiro minha banheirinha. Para mim, a essa altura, já estava suficiente. Pronto. Já conhecia a praia e podia voltar para minha casa.

Mas meu pai me pegou no colo e decidiu que devíamos ir além. Foi me abaixando bem devagar até que meus pés tocaram a areia mole, estranha, gelada. Dei alguns passos e não deu mais para segurar. Eu queria ir embora. Definitivamente não estava gostando e meus pais pareciam tensos. Senti que eles gostam bastante daquele lugar. Que constrangimento. E a Tia Sheila ainda me fez aplaudir o por-do-sol!

Depois desse momento estranho, fomos almoçar num restaurante. Aí sim! Gostei! Que lugar lindo! Tudo tão colorido e diferente! As paredes, as estampas da poltrona e o melhor de tudo: um ventilador de teto super diferente que me deixou encantado! Sou mil vezes um ventilador de teto do que esse tal de mar!

Pode ser que da próxima vez eu goste mas dessa vez realmente a praia só serviu para me garantir um soninho pesado no fim do passeio.

Domingo de manhã: praia fail#

Dizem que meus pais sempre tiveram dificuldade para chegar pontualmente nos programas matinais. Meu tio Raphael Crespo contou que eles NUNCA chegavam ao Bola Preta na hora marcada Pois bem, no domingo passado o plano era acordar bem cedo para irmos à praia – um local do qual já ouvi muito falar mas que ainda não tinha entendido como era. Percebi que foi difícil para eles acordarem. Uma musiquinha avisava que estava na hora. Papai pegava o telefone e a música parava. Alguns minutos depois, tudo isso se repetia. E eu lá, quietinho olhando o teto e pensando “Será que vai dar praia?!”

Mamãe finalmente se levantou para me dar peitoca. Ufa! Já estava com fome. E eles começaram uma correria engraçada, pegando coisas pela casa, arrumando mochila. Esse negócio de praia parece dar trabalho. Minha mãe me vestiu com uma fraldinha diferente, cheia de peixinhos. Gostei. Depois ainda me colocou uma tal de sunga que eu nunca tinha usado.



E depois de muita confusão, finalmente conseguimos descer. Eu já estava doidinho para chegar! Mas quando chegamos na pracinha, meus pais acharam que o sol já estava forte e decidiram adiar esse passeio. Foi engraçado ver a mamãe toda fantasiada com chapéu e tudo passeando na pracinha!

Para salvar a manhã, fomos comer um galetinho mas, para completar, minha fraldinha acabou vazando. O galeto pifou e meu pai ficou danado. Se essa fraldinha é para entrar na água, ela não deveria vazar tão facilmente. Mamãe pediu para perguntar se alguém que lê o blog já experimentou a fraldinha para água. Ela vaza mesmo?


Voltando para a casa, com calor e xixado, acabei tomando um banho. Sabe como é, apesar de carioca, minha mãe é mineira e praia de mineiro é piscina.


Manhã de domingo fail#


6 de set. de 2010

Penteado de careca

Eu sei que quem me vê hoje pode nem acreditar mas, quando eu nasci, há muito tempo, eu tinha cabelo, muito cabelo.
















E sempre curti variar o estilo experimentando diversos looks.













O tempo passou, ganhei quilos e centímetros, perdi fios - quase todos.
Mas, embora eu ainda seja novinho, já acho meio ridículo puxar os fios que sobram para forjar uma franja. Então, para variar o visual, eu já aprendi: penteado de careca é chapéu.

2 de set. de 2010

Que pra nós dois sair de casa já é se aventurar




Quando minha mãe me levou ao Bola Preta, eu já devia ter desconfiado de que teria uma vida cheia de aventuras. Mas depois que eu nasci, ela ficou quietinha, toda preocupada. O máximo de aventura que eu vinha tendo era um passeio na pracinha ou uma viagem no taxi do Adilson. Tudo muito planejado e calmo. Acho que é porque eu sou o mais velho e possivelmente o Constantino (ou a Constantina) terá uma mamãe mais descolada.


Mas não sei se foi porque fiz quatro meses...Minha vida começou a mudar. Hoje minha mãe acordou e decidiu que iríamos ao Shopping Tijuca. Fui muito lá antes de sair da barriga mas não dava para enxergar direito as vitrines.
Mamãe, num impulso típico do nosso signo, cismou que era hoje. Mas com preguiça de levar minha cadeirinha e com fome de aventuras, decidiu ir de ônibus. E ela fez várias descobertas:
1- o trajeto entre a Saens Peña e o Shopping Tijuca (onde alugam os carrinhos de bebê) não é tão curto.
2- minha mãe acha que já peso bem mais do que a Dra. Katia falou.
3- coluna é uma coisa que Deus fez para sustentar o nosso corpo e doer.
Chegamos no shopping e minha mãe alugou um carrinho chumbrega. Eu que estava acostumado com um carrinho tipo Palio Prata (popular mas confortável e que todo mundo tem igual!) fui transferido para o equivalente a um Chevette 1974 todo ferradinho. Mas valeu a pena: eu enlouqueci com tanta coisa ao meu redor. Muita gente conversou comigo e eu morri de rir da cara dos adultos falando igual criança. Se eles soubessem como ficam engraçados quando falam com a gente.





Sabe que no Shopping eles têm cadeirinhas para adultos iguais à minha cadeirinha? Não são tão coloridas mas vibram do mesmo jeito.

No final, minha mãe tomou um café com brownie e a gente voltou para casa conversando. Mesmo sem cadeirinha, ela preferiu voltar de taxi. Chegou em casa até suada de tanta tensão. Eu sei que muita gente não liga para esses aparatos de segurança mas ela trabalha com estatísticas e essa história de que a cadeirinha reduz os danos em 70% deixa minha mãe com o coração na boca.
Cheguei em casa tão feliz que desatei a falar, gritar e fazer barulhos. Em meio a essa confusão, acabei soltando um “mã” e ela, a mamãe, enlouqueceu, me beijou e apertou muito. Gostei.Vou tentar repetir.



30 de ago. de 2010

4 meses, 1 viagem.

No último dia 14, completei 4 meses. Parece pouco para vocês que já chegaram a marcas inacreditáveis como 375 meses (como a minha mãe), 404 (como o meu pai) e até mesmo 1236 meses de um tal de Oscar que minha mãe disse que é arquiteto! Mas para mim 4 meses é tudo! Eu já vi tanta coisa e já pareci com um monte de gente diferente.

Para coroar esse aniversário, fiz uma coisa muito doida: viajei! O incrível é que minha mãe me colocou num carro, eu fechei os olhos e, quando abri, estava entrando em outra casa com muita gente falando comigo! Toda a família do papai estava lá e sorriram muito para mim! Eu curti!

À noite fomos a um aniversário onde tinha um monte de crianças! Muitas mesmo! Começo a pensar que não sou assim tão especial para toda a humanidade. Que pena.
Estava muito frio! Usei casacos que nunca pensei que ira usar. A gente se veste melhor no inverno, né?







Mas esqueci de comentar sobre minha prima Maria. Ela é demais, linda, com cachinhos, fala coisas que ainda não sei repetir e, o melhor de tudo, fez carinho na minha cabeça. Confesso que em alguns momentos fiquei apreensivo com seu jeito impetuoso mas no fundo eu curti muito.
Foi demais!

Encontrei um monte de gente bacana e ainda conheci uma família que tem uma Tia Filhinha, um tio Canário e um filho Barata!
Ainda fui conhecer minha outra prima Flavinha e a tia Neca! Elas brincaram muito comigo e me acharam parecido com o vô Boli!

Aproveitei o colo da minha vó Niceia e ainda ganhei um presente lindo do meu tio Duque para me proteger em todas as viagens dessa vida. Meu pai disse que serão muitas. Tomara.