11 de set. de 2010

Domingo à tarde:Um pequeno passo para a humanidade, um grande passo para um homem


Coisa chata é ir para um lugar despreparado. Já imaginou você de terno numa festa à fantasia? Pois é, depois de molhar minha sunga pela manhã, meus pais decidiram ir à praia no fim da tarde do domingo passado. Conclusão: fui eu de roupinha para um lugar onde todas as pessoas estariam de roupa de banho. Já saí de casa chateado. Dormi durante todo o caminho e, logo que chegamos, o sol foi direto no meu olho e me acordou. Eu já estava no calçadão onde um monte de gente passava de bicicleta, patins, skate, mil carrinhos, velhinhos, crianças, barulho, ufa! Já não estava entendendo nada quando, de repente, Tia Naila (que é uma gata!) se aproximou de mim com óculos gigantes e um chapelão. Tentei segurar mas tudo aquilo foi me deixando com medo e eu só queria o colinho da minha mãe. Chorei um pouco. Continuei olhando tudo ao redor e, além de muita gente, vi muita areia! Nunca tinha visto tanta areia em minha vida! Daria para encher vááááárias pracinhas. Minha mãe me levou também para ver o tal do mar que ela ama! Ela disse que lá é o local que ela mais ama no mundo mas te confesso que achei grande demais. Nem dei conta de olhar.

Por enquanto, ainda prefiro minha banheirinha. Para mim, a essa altura, já estava suficiente. Pronto. Já conhecia a praia e podia voltar para minha casa.

Mas meu pai me pegou no colo e decidiu que devíamos ir além. Foi me abaixando bem devagar até que meus pés tocaram a areia mole, estranha, gelada. Dei alguns passos e não deu mais para segurar. Eu queria ir embora. Definitivamente não estava gostando e meus pais pareciam tensos. Senti que eles gostam bastante daquele lugar. Que constrangimento. E a Tia Sheila ainda me fez aplaudir o por-do-sol!

Depois desse momento estranho, fomos almoçar num restaurante. Aí sim! Gostei! Que lugar lindo! Tudo tão colorido e diferente! As paredes, as estampas da poltrona e o melhor de tudo: um ventilador de teto super diferente que me deixou encantado! Sou mil vezes um ventilador de teto do que esse tal de mar!

Pode ser que da próxima vez eu goste mas dessa vez realmente a praia só serviu para me garantir um soninho pesado no fim do passeio.

Domingo de manhã: praia fail#

Dizem que meus pais sempre tiveram dificuldade para chegar pontualmente nos programas matinais. Meu tio Raphael Crespo contou que eles NUNCA chegavam ao Bola Preta na hora marcada Pois bem, no domingo passado o plano era acordar bem cedo para irmos à praia – um local do qual já ouvi muito falar mas que ainda não tinha entendido como era. Percebi que foi difícil para eles acordarem. Uma musiquinha avisava que estava na hora. Papai pegava o telefone e a música parava. Alguns minutos depois, tudo isso se repetia. E eu lá, quietinho olhando o teto e pensando “Será que vai dar praia?!”

Mamãe finalmente se levantou para me dar peitoca. Ufa! Já estava com fome. E eles começaram uma correria engraçada, pegando coisas pela casa, arrumando mochila. Esse negócio de praia parece dar trabalho. Minha mãe me vestiu com uma fraldinha diferente, cheia de peixinhos. Gostei. Depois ainda me colocou uma tal de sunga que eu nunca tinha usado.



E depois de muita confusão, finalmente conseguimos descer. Eu já estava doidinho para chegar! Mas quando chegamos na pracinha, meus pais acharam que o sol já estava forte e decidiram adiar esse passeio. Foi engraçado ver a mamãe toda fantasiada com chapéu e tudo passeando na pracinha!

Para salvar a manhã, fomos comer um galetinho mas, para completar, minha fraldinha acabou vazando. O galeto pifou e meu pai ficou danado. Se essa fraldinha é para entrar na água, ela não deveria vazar tão facilmente. Mamãe pediu para perguntar se alguém que lê o blog já experimentou a fraldinha para água. Ela vaza mesmo?


Voltando para a casa, com calor e xixado, acabei tomando um banho. Sabe como é, apesar de carioca, minha mãe é mineira e praia de mineiro é piscina.


Manhã de domingo fail#


6 de set. de 2010

Penteado de careca

Eu sei que quem me vê hoje pode nem acreditar mas, quando eu nasci, há muito tempo, eu tinha cabelo, muito cabelo.
















E sempre curti variar o estilo experimentando diversos looks.













O tempo passou, ganhei quilos e centímetros, perdi fios - quase todos.
Mas, embora eu ainda seja novinho, já acho meio ridículo puxar os fios que sobram para forjar uma franja. Então, para variar o visual, eu já aprendi: penteado de careca é chapéu.

2 de set. de 2010

Que pra nós dois sair de casa já é se aventurar




Quando minha mãe me levou ao Bola Preta, eu já devia ter desconfiado de que teria uma vida cheia de aventuras. Mas depois que eu nasci, ela ficou quietinha, toda preocupada. O máximo de aventura que eu vinha tendo era um passeio na pracinha ou uma viagem no taxi do Adilson. Tudo muito planejado e calmo. Acho que é porque eu sou o mais velho e possivelmente o Constantino (ou a Constantina) terá uma mamãe mais descolada.


Mas não sei se foi porque fiz quatro meses...Minha vida começou a mudar. Hoje minha mãe acordou e decidiu que iríamos ao Shopping Tijuca. Fui muito lá antes de sair da barriga mas não dava para enxergar direito as vitrines.
Mamãe, num impulso típico do nosso signo, cismou que era hoje. Mas com preguiça de levar minha cadeirinha e com fome de aventuras, decidiu ir de ônibus. E ela fez várias descobertas:
1- o trajeto entre a Saens Peña e o Shopping Tijuca (onde alugam os carrinhos de bebê) não é tão curto.
2- minha mãe acha que já peso bem mais do que a Dra. Katia falou.
3- coluna é uma coisa que Deus fez para sustentar o nosso corpo e doer.
Chegamos no shopping e minha mãe alugou um carrinho chumbrega. Eu que estava acostumado com um carrinho tipo Palio Prata (popular mas confortável e que todo mundo tem igual!) fui transferido para o equivalente a um Chevette 1974 todo ferradinho. Mas valeu a pena: eu enlouqueci com tanta coisa ao meu redor. Muita gente conversou comigo e eu morri de rir da cara dos adultos falando igual criança. Se eles soubessem como ficam engraçados quando falam com a gente.





Sabe que no Shopping eles têm cadeirinhas para adultos iguais à minha cadeirinha? Não são tão coloridas mas vibram do mesmo jeito.

No final, minha mãe tomou um café com brownie e a gente voltou para casa conversando. Mesmo sem cadeirinha, ela preferiu voltar de taxi. Chegou em casa até suada de tanta tensão. Eu sei que muita gente não liga para esses aparatos de segurança mas ela trabalha com estatísticas e essa história de que a cadeirinha reduz os danos em 70% deixa minha mãe com o coração na boca.
Cheguei em casa tão feliz que desatei a falar, gritar e fazer barulhos. Em meio a essa confusão, acabei soltando um “mã” e ela, a mamãe, enlouqueceu, me beijou e apertou muito. Gostei.Vou tentar repetir.